A terra ficou pequena demais pro ser humano. Crescemos, nos tornamos autossuficientes e "independentes" desse universo. É como se a brisa que nos toca perdesse sua importância diante do nosso eu. Quem é capaz de perder seu tempo pra contemplar e admirar uma árvore na sua própria rua? Quem se dedica a ouvir e não a falar? Quem quer perder e não ganhar? Quem quer esperar, doar, repartir? No tempo em que tudo é instantâneo sai de cena o real, o sincero, o admirável. E ainda em alguns casos se apresenta o não vi, não ouvi, não falo e não sei. A medida que crescemos pra nós mesmos, deixamos de lado a única vontade que deve ser soberana, a vontade de Cristo, nos tornamos incapazes de nos envolver, de nos entregar. Em outro momento nos tornamos passivos a qualquer opinião alheia. Nossas emoções crescem e a convicção da fé é perdida. O sagrado se ridiculariza. Cada um é apenas mais um. Querer diminuir nosso eu, se despir dos títulos e se esvaziar em uma terra de gigantes é apenas pros corajosos e para os que permitem o autoconfronto. Que esse versículo ecoe todos os dias no seu coração:
"É necessário que ele cresça e que eu diminua." João 3:30
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